O ritmo da vida contemporânea impôs uma série de obrigações das quais pouquíssimas pessoas escapam. Rotina atribulada, falta de tempo para a realização de atividades físicas, alimentação desequilibrada e baseada primordialmente em alimentos industrializados são apenas alguns exemplos. Com isso, a incidência de algumas doenças nunca apresentou taxas tão altas como as de hoje. Esse é o caso da hipertensão arterial.
Incidência e consequências da hipertensão arterial
Para se ter ideia da gravidade da referida doença, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), um em cada três brasileiros são acometidos por essa condição de saúde crônica, fazendo com que ela seja responsável por 45% de todos os ataques cardíacos e por 51% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC).
No entanto, algo que poucas pessoas sabem é que a pressão alta tem uma relação bastante íntima com outra grave condição de saúde: a doença renal crônica. Na sequência, essa relação será explorada em detalhes.
Hipertensão arterial e doença renal crônica
O primeiro ponto que deve ser esclarecido é exatamente o que constitui a doença renal crônica, caracterizada por microlesões irreversíveis em sua estrutura, que podem levar à uremia, à insuficiência renal crônica e mesmo à falência dos rins.
Trata-se de uma doença de extrema gravidade, uma vez que a função dos rins é filtrar o sangue, eliminando todas as suas impurezas e fazendo com que sejam excretadas de forma natural.
Se considerado que a pressão arterial nada mais é do que a força com que o sangue circula pelas veias e vasos do corpo e que os rins também possuem artérias e as chamadas arteríolas renais, pode-se identificar facilmente a relação de interesse deste artigo.
Com o aumento da pressão, os vasos presentes nos rins são gradativamente danificados, ou seja, perdem sua capacidade de fazer com que o sangue circule por eles, deixando de ter, aos poucos, sua função excretora. Em outros termos, com essa danificação, grande parte dos líquidos que deveriam ser eliminados não são, e então voltam ao sangue, o que, por sua vez, eleva ainda mais a pressão arterial, causando mais prejuízos ao organismo.
No entanto, ao contrário do que se possa imaginar, esse não é um processo que ocorre de maneira rápida – pelo contrário. O comprometimento dos rins devido à pressão alta ocorre de maneira lenta e silenciosa; assim, geralmente só é descoberto quando os órgãos já estão muito degradados, sendo que a doença renal crônica tem mais chances de acometer pacientes idosos ou diabéticos.
Por isso, é muito importante frisar que pacientes com hipertensão arterial devem manter a pressão sempre controlada, evitar o tabagismo, controlar o diabetes e realizar, periodicamente, exames como urina tipo 1 e TGFe, para verificar se os rins estão funcionando conforme o considerado normal.
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