A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é uma condição frequentemente encontrada em homens conforme envelhecem, caracterizada por um aumento não canceroso da próstata. Aproximadamente 70% dos homens com mais de 70 anos lidam com essa questão.

Sintomas

Os sintomas da HPB geralmente surgem devido à compressão da uretra pelo aumento da próstata, o que dificulta o fluxo urinário. Entre os sintomas mais comuns, podemos destacar:

– Aumento da frequência urinária: uma necessidade persistente de urinar mais vezes durante o dia.

– Noctúria: o ato de acordar à noite para urinar.

– Hesitação urinária: dificuldade em começar a urinar.

– Fluxo urinário fraco: um jato de urina que pode ser reduzido ou interrompido.

– Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

Esses sintomas têm o potencial de impactar de maneira significativa a qualidade de vida dos pacientes e, quando não tratados, podem evoluir para complicações como infecções urinárias e danos aos rins.

Diagnóstico

Para diagnosticar a HPB, um exame clínico minucioso é essencial e envolve:

– Histórico médico e questionários de sintomas: ferramentas como o Escore Internacional de Sintomas Prostáticos (IPSS) ajudam a medir a gravidade dos sintomas.

– Exame físico: por meio do toque retal, é possível avaliar tanto o tamanho quanto a consistência da próstata.

– Exames laboratoriais: análise de urina, creatinina sérica e PSA (Antígeno Prostático Específico) são importantes para descartar outras condições.

– Ultrassonografia: esta técnica pode ser utilizada para medir o volume da próstata e avaliar o resíduo de urina após a micção.

Opções de Tratamento

O tratamento da HPB é determinado pela severidade dos sintomas e pelo impacto que estes têm na vida do paciente. As abordagens incluem:

– Monitoramento ativo: em casos de sintomas leves, um acompanhamento regular pode ser suficiente sem necessidade de intervenções imediatas.

– Terapia medicamentosa:

  – Bloqueadores alfa-1-adrenérgicos: auxiliam no relaxamento da musculatura da próstata e do colo vesical, melhorando assim o fluxo urinário.

  – Inibidores da 5-alfa-redutase: atuam na redução do tamanho da próstata ao longo do tempo.

  – Inibidores da fosfodiesterase-5: sua consideração é reservada para casos específicos.

– Intervenções cirúrgicas: são indicadas em situações de sintomas significativos ou complicações e incluem opções como a ressecção transuretral da próstata (RTU) e outras técnicas minimamente invasivas.

Conclusão

A HPB é uma condição comum que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos homens. A identificação precoce dos sintomas e a procura por uma avaliação médica são fundamentais para um tratamento eficaz. Com uma variedade de opções terapêuticas disponíveis, é possível customizar o tratamento para atender as necessidades particulares de cada paciente, promovendo bem-estar e melhor saúde urinária.

Referências Consultadas

– Pfizer Brasil. (2024). HPB – Hiperplasia Prostática Benigna. Disponível em: https://www.pfizer.com.br/sua-saude/saude-do-homem/hpb-hiperplasia-prostatica-benigna

– BVS Atenção Primária em Saúde. (2024). Como diagnosticar e tratar pacientes com hiperplasia prostática benigna no âmbito da atenção primária à saúde? Disponível em: https://aps-repo.bvs.br/aps/como-diagnosticar-e-tratar-pacientes-com-hiperplasia-prostatica-benigna-no-ambito-da-atencao-primaria-a-saude/

– Medway. (2024). Hiperplasia Prostática Benigna: diagnóstico e tratamento. Disponível em: https://www.medway.com.br/conteudos/hiperplasia-prostatica-benigna-diagnostico-e-tratamento/